sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Festival de Filme anarquista exibirá Democracídio



Com muito orgulho, o nosso filme estará entre os que serão exibidos no III Festival de Filme Anarquista de SP. Serão 3 dias de exibições com obras de combate e crítica social. Quem quiser conhecer um cinema de luta, só chegar!

Confira a programação completa: http://anarcopunk.org/festival/?page_id=187




terça-feira, 14 de outubro de 2014

Semana de Estréia do filme Democracídio teve duas exibições


Nessa segunda semana de outubro, a Compnhia Bueiro Aberto lançou seu primeiro filme, Democracídio, com exibições na UNIFESP Guarulhos (na mostra Periferia Mostra Cinema) e no espaço Cultural Mané Garrincha. Já temos mais duas exibições agendadas: Sarau Perifatividade (dia 25/10) e Casa Mafalda (15/11). Outras estão em andamento. Em breve, disponibilizaremos na internet, temos também algumas midias em dvd.






terça-feira, 7 de outubro de 2014

ESTRÉIA DO PRIMEIRO FILME DA COMPANHIA BUEIRO ABERTO, DEMOCRACÍDIO



Rompendo barreiras: mostra marginal de curtas exibe Glauber Rocha na periferia

Nesse último sábado, dia 05/10, rolou mais uma exibição da Mostra Marginal de Curtas no Sarau Carolina. Dessa vez, para refletir as eleições, a Companhia Bueiro Aberto trouxe o curta "Maranhão 66", feito pelo grande cineasta baiano Glauber Rocha.

Glauber, o maior nome do cinema novo, foi contratado para filmar a posse do então governador do Maranhão, o famoso José Sarney, figura que ainda perdura na pauta política do país. Em vez de fazer uma apologia ao discurso populista do oligarca, Glauber mostrou as contradições sociais daquele estado, a miséria do povo. A fala de Sarney entra em franca contradição com a realidade desigual.

Qualquer semelhança com nosso presente, onde as eleições e a democracia são como meros elementos retóricos, não é mera coincidência. Uma releitura desse curta está no filme "Luises", de 2013, do coletivo maranhense "Éguas, coletivo audiovisual", o maranhão de ontem e o de hoje se misturam.

Quem diria que rodaríamos Glauber Rocha na quebrada? Para nós, tal exibição é um marco, pois representa a consolidação da Mostra (já que rodamos curtas com periodicidade) e o mergulho na história do cinema independente, iniciado nas exibições anteriores.  Criamos nossa própria difusão, estamos provando que não precisamos ficar sujeitos à televisão e aos moldes americanizados.









quarta-feira, 1 de outubro de 2014

MOSTRA MARGINAL DE CURTAS NO SARAU CAROLINA (MÊS DE OUTUBRO)




EXIBIÇÃO



"MARANHÃO 66, CURTA DE GLAUBER ROCHA"

UM FILME PRA REFLETIR A FARSA DA ELEIÇÃO







REALIZAÇÃO: COMPANHIA BUEIRO ABERTO E JORNAL DIALÉTICA

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Estreia do filme Democracídio em exibição da mostra Periferia Mostra Cinema


É com muita disposição que fazemos o convite para a estreia do nosso primeiro filme. Ainda mais numa mostra que a Companhia Bueiro Aberto constrói articulando o Núcleo de Cinema e Política da UNIFESP. Nesse ano, rodamos e debatemos diversas obras da periferia. Um processo de aprendizado que nos ajudou a construir um grito do gueto contra a opressão capitalista, em nome da cultura e do poder popular: "Democracídio".

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Finalizado o primeiro filme da Companhia Bueiro Aberto (Democracídio)

Foram muitas ideias, reflexões, propostas até decidirmos começar a filmagem de Democracídio, há seis meses. Nossa prática cinematográfica veio junto com a ampliação do coletivo Companhia Bueiro Aberto, que foca na exibição e produção de audiovisual periférico.

Sem recursos, contra a imposição do mercado e certos de que fazemos cultura popular urbana periférica, saimos com uma câmera na cintura e muito proceder no gatilho para discutir a nossa dita democracia. Que no papel até parece bonita, mas na prática mantém uma estrutura de opressão histórica contra os pobres. Entrevistamos movimentos sociais, coletivos, pensadores e batendo na grande mídia propomos uma outra perspectiva política, em diálogo com a efervescência cultural que toma as periferias cada vez mais e com a história do cinema brasileiro contestador.

A ficção complementou a imagem caricata de politicos que não fazem nada além do que sempre foi feito, a manutenção do poder na mão de um pequeno grupo, a repressão. O deputado Carlos Magno aparece como um membro da "esquerda conservadora", ou seja, da incoerência no discurso dos que ocupam cargos públicos, seja de qual partido for. Na verdade, Carlos Magno é como a mistura de Vieira e Porfírio Diáz, as duas figuras emblemáticas do filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha. Seu triunfo o faz um ditador eleito pelo voto, sustentado pela mídia simbolizada no jornalista Orlando Maquiavel.

Enfim, o público verá. A previsão de lançamento é para a primeira semana de outubro. Esperamos que seja o primeiro de muitos!


Roteiro, direção e produção: Daniel Neves

Assistente de Direção e produção: Caio Fiumari

Fotografia das entrevistas: Caio Fiumari, Roger Sanasci, Bruno Quixote,

Fotografia da ficção: Daniel Neves e Ariane Pires

Montagem: Ton Neves





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MOSTRA MARGINAL DE CURTAS NO MÊS DE SETEMBRO EXIBIU JORGE FURTADO E ANDRÉ OKUMA



Em setembro, no Sarau Carolina, a Mostra Marginal de Curtas exibiu o clássico Veja Bem, de Jorge Furtado. Uma mistura de poesia e crítica ao mundo moderno das mercadorias e do trabalho.

E como já se tornou praxe nas nosas exibições, André Okuma trouxe de novo outro dos seus curtas. Dessa vez, "O acaso entre a distância e algum lugar", que também traz poesia com um olhar sobre a modernidade industrial. Mês que vem tem mais!







terça-feira, 2 de setembro de 2014

MOSTRA MARGINAL DE CURTAS NO SARAU CAROLINA (O6 DE SETEMBRO)

NESSE SÁBADO, NO SARAU CAROLINA, HAVERÁ A EXIBIÇÃO DE MAIS DOIS CURTAS COMO PARTE DA MOSTRA MARGINAL DE CURTAS, EVENTO QUE A COMPANHIA BUEIRO ABERTO FAZ TODO MÊS PARA DIFUNDIR O CINEMA INDEPENDENTE


EXIBIÇÕES:

VEJA BEM 
(JORGE FURTADO)

O ACASO ENTRE A DISTÂNCIA E ALGUM LUGAR
(ANDRÉ OKUMA)



SÁBADO 06/09, 18: 30 HRS, ESPAÇO ARRANCA, RUA SANTA CATARINA, JD. TRANQUILIDADE, GUARULHOS, PERTO DO SUPERMERCADO LOPES E DO HOSPITAL STELLA MARIS

domingo, 6 de julho de 2014

Mostra Marginal de Curtas exibe curta de Daniel Fagundes e lançamento de André Okuma


Nesse sábado (05/07), no IV Sarau Carolina , a Companhia Bueiro Aberto organizou mais uma exibição da Mostra Marginal de Curtas. Rolou dois curtas independentes: Das Rosas Que Falo e O Assassinato da Cultura Guarulhense. O primeiro é uma produção do NCA (Núcleo de comunicação Alternativa), dirigido por Daniel Fagundes. O grupo surgiu junto com movimentos culturais da periferia de São Paulo. Partindo de uma perspectiva contrária à indústria cultural, fez vários vídeos, documentários, curtas com pouco recurso mas muito conteúdo e uma proposta estética que leva a fundo o famoso jargão cinemanovista: "Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão". Nesse, promove uma homenagem às mulheres tendo como base a metáfora das rosas. Isso se mistura à cultura popular recifense, lugar onde foi gravado: a poesia, a música, os hábitos do povo e o amor. A mulher poetisa, trabalhadora, que sofre com opressões históricas e ainda arruma força para combater o machismo.

Já o segundo foi lançado em primeira mão no Sarau. Dirigido por André Okuma, talvez o mais ativo cineasta guarulhense, o curta-documentário adentra os problemas da política cultural na cidade de Guarulhos, conduzida de cima para baixo, privilegiando a lógica do capital e deixando de lado os artistas regionais, que estão nos bairros e nos centros culturais sem qualquer recurso. A obra é forte, difícil para ser digerida por quem está acostumado a concordar com o atual estado das coisas.

Todavia, o curta vai além. Ele não apenas reflete um entrave local, mas discute a cultura como um todo no contexto socio-político da sociedade brasileira. A referência a Glauber Rocha expressa o conflito que perdura na nossa cultura e no cinema: a arte revolucionária contra a mercadoria cultural dos capitalistas. Qual das duas queremos fazer? O filme indica um caminho.

Feito de maneira autônoma, trazendo reflexões essenciais para o nosso cotidiano social, não se dispõe a obedecer os parâmetros louvados pelos especuladores estatais, que são aqueles alimentados pela Secretaria de Cultura! É crítico, é sarcástico, é propositivo!






segunda-feira, 30 de junho de 2014

MOSTRA MARGINAL DE CURTAS NO SARAU CAROLINA


A Mostra Marginal de Curtas se propõe a exibir curtas independentes, periféricos e críticos. É um espaço que abrimos em parceria com o Jornal Dialética para difundir vídeos que não aparecem na grande mídia.

Nesse Sarau, exibiremos Das Rosas Que Falo, mais nova produção do NCA (Núcleo de Comunicação Alternativa), um importante coletivo de vídeo popular da periferia da zona sul de São Paulo. O curta é uma homenagem ao dia das mulheres e trabalha elementos da cultura popular: música e poesia.

O outro curta é O Assassinato da Cultura Guarulhense, de André Okuma, um dos principais nomes do cinema em guarulhos. Será lançado no Sarau Carolina e traz um reflexão pesada sobre como se organiza a cultura na cidade, pretendendo discutir de forma questionadora os problemas que os artistas daqui enfrentam e a falta de recursos e iniciativas do poder público local.



Quarto Sarau Carolina, Muita Arte!


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Uma Flor Nasceu no Esgoto - Compania Bueiro Aberto


Poesia marginal, cinema de quebrada e crítica social são alguns dos elementos que compõem o curta Uma Flor Nasceu no Esgoto, da Companhia Bueiro Aberto.Partindo do poema Haverá, de Ni Brisant, poeta marginal contemporâneo que faz uma releitura de Carlos Drummond, constrói-se a esperança promovida pela arte periférica contra o sistema opressor. O gueto, lugar onde só se espera tiros e chacinas, se levanta com cultura popular e ataca a elite histórica. O curta dialoga com os movimentos de arte marginal que tomam conta dos bairros pobres das grandes cidades brasileiras.




 

A Cidade, video-poema da Companhia Bueiro Aberto


Produzido a partir do poema A Cidade, retirado do livro Um Verso na Maquinaria, de Daniel Neves, esse vídeo-poema discute o caos em que se insere o nosso modelo urbano atual capitalista: o culto das mercadorias e o rumo ordenado peo lucro que constrói uma vida sem sentido. Enquanto a cidade amanhece, é como se a máquina acordasse junto com os homens e o cotidiano de opressão mantivesse seu poder. Do religioso ao especulador, do político aos produtos, o objetivo é o mesmo, a rapidez sem direção, o vazio. Narrado na perplexidade do poeta, um ser estranho a esse mundo que só tem como reação a incompreensão.

O poeta se une ao músico e a arte fala da contradição social. Com a música de Francisco Tárrega, interpretada por Diogo Fonseca, importante músico guarulhense, a poesia recorre à música e ao cinema para lançar seu grito de desespero e de resistência: o que acontece nessa terra?





A Cidade

A cidade amanhece,
o cartão é a obrigação,
a máquina enlouquece,
o trabalho repetição.

A cidade amanhece!
E quanto a vida?
Enquanto a vida
é vendida num papel,
o engravatado
levanta as mão ao céu.
Os fiéis, ajoelhados,
compram de olhos fechados,
o deputado
sorri para o holocausto,
o médico
 condena seus doentes,
o padre
dá a benção ao presidente.
E a cidade amanhece!

A cidade amanhece!
Com ela,
a senzala
expõe sua sofisticação,
as catracas
enfileiram a multidão,
a fumaça
dita o descompasso.
E a guerra
é oferecida nas vitrines.

A cidade amnhece!
E o poeta, o poeta,
entre perdas no caminho,
tropeça em pedras, perdido:
Meu Deus inexistente,
o que acontece nessa terra?