terça-feira, 9 de setembro de 2014

Finalizado o primeiro filme da Companhia Bueiro Aberto (Democracídio)

Foram muitas ideias, reflexões, propostas até decidirmos começar a filmagem de Democracídio, há seis meses. Nossa prática cinematográfica veio junto com a ampliação do coletivo Companhia Bueiro Aberto, que foca na exibição e produção de audiovisual periférico.

Sem recursos, contra a imposição do mercado e certos de que fazemos cultura popular urbana periférica, saimos com uma câmera na cintura e muito proceder no gatilho para discutir a nossa dita democracia. Que no papel até parece bonita, mas na prática mantém uma estrutura de opressão histórica contra os pobres. Entrevistamos movimentos sociais, coletivos, pensadores e batendo na grande mídia propomos uma outra perspectiva política, em diálogo com a efervescência cultural que toma as periferias cada vez mais e com a história do cinema brasileiro contestador.

A ficção complementou a imagem caricata de politicos que não fazem nada além do que sempre foi feito, a manutenção do poder na mão de um pequeno grupo, a repressão. O deputado Carlos Magno aparece como um membro da "esquerda conservadora", ou seja, da incoerência no discurso dos que ocupam cargos públicos, seja de qual partido for. Na verdade, Carlos Magno é como a mistura de Vieira e Porfírio Diáz, as duas figuras emblemáticas do filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha. Seu triunfo o faz um ditador eleito pelo voto, sustentado pela mídia simbolizada no jornalista Orlando Maquiavel.

Enfim, o público verá. A previsão de lançamento é para a primeira semana de outubro. Esperamos que seja o primeiro de muitos!


Roteiro, direção e produção: Daniel Neves

Assistente de Direção e produção: Caio Fiumari

Fotografia das entrevistas: Caio Fiumari, Roger Sanasci, Bruno Quixote,

Fotografia da ficção: Daniel Neves e Ariane Pires

Montagem: Ton Neves





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